Participação na pesquisa

Convidamos a todos os interessados sobre o tema a participarem no blog enviando comentários sobre suas observações diárias ou eventuais, suas experiências com as árvores da cidade, deixando seu depoimento sobre preferências de espécies, fatos e momentos da vida ligados a esses elementos urbanos.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Árvore-Casa


Dentre os vários sentimentos provocados pela presença de uma árvore, o de abrigo e aconchego é certamente um dos mais fortes. Estar sob uma árvore frondosa pode nos fornecer a  sensação de proteção, de abrigo, assim como o que experimentamos no interior de um espaço seguro e que amamos, como a nossa casa. É a ideia de aconchego do ninho de que nos fala o filósofo francês Gaston Bachelard. A árvore em sua materialidade serve de apoio para os ninhos daquelas criaturinhas cantantes, os pássaros, que alegram a paisagem com seus sons musicais. Para nós, ela também é abrigo, abraçando-nos com seus ramos, amparando-nos com suas folhagens.




A árvore que trazemos para este post – Rosa da Mata - nos remete de forma intensa a condição de acolhimento, este confortante sentimento de ninho.  Sua estrutura robusta de tronco ereto e ramos potentes abrem uma ampla copa e ensejam este abraço imaginário, que nos aparta do mundo ao redor. Ela se fecha em nós, e cria um ambiente de natureza só nosso, impenetrável.  


No Jardim Botânico do Rio de Janeiro tem um exemplar extraordinário desta espécie Brownea grandiceps, originária da Amazônia, com um banco logo abaixo de sua copa - um convite para nos entregarmos a este aconchego. Como luzes que orientam este caminho, suas flores de um vermelho encarnado pendem de seus galhos, para que, comodamente, possamos lhes observar, sem pressa.




Fica aqui uma sugestão de passeio, neste jardim tão precioso de nossa cidade, para assim que a pandemia passar... 






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