Alguns seres são urbanos por natureza. Ou seja, mesmo que naturais em sua essência, apresentam caráter urbano, associados de maneira indelével à paisagem das cidades. Vamos citar um exemplo clássico: os pombos. São tão urbanos, que chega a ser difícil imagina-los em seu ecossistema natural. Eles estão fortemente ligados à imagem de diversos espaços públicos. Praças famosas como a San Marco, em Veneza, ou a Cinelândia, no Rio de Janeiro, como tantas outras pelo mundo, contam com a presença constante destes pequenos seres alados.
Passando às árvores, que são o foco deste blog, atribuímos este título ao Oiti. No Rio de Janeiro, ela é bastante disseminada por ruas e praças, sendo uma das espécies mais frequentes. Os cariocas estão acostumados a vê-la incorporada plenamente à paisagem da cidade. Em Copacabana, sua ocorrência chega a ser de mais de 20% do total das espécies do bairro. O Oiti – Licania tomentosa – é natural da Floresta Atlântica do Nordeste e destaca-se por ser resistente às condições adversas do meio urbano, além de oferecer condição de equilíbrio entre seu grande porte, raízes pouco invasivas e folhas permanentes.
Os oitis são também responsáveis pela criação de corredores verdes impactantes da cidade do Rio de Janeiro. A Rua Santa Clara é um belo exemplo. Ao passarmos pela rua, seja de carro ou caminhando pelas suas calçadas, um túnel verde emoldura a cena urbana e torna sua ambiência mais agradável climaticamente.
Vista de cima, da janela dos prédios da cidade, as copas dos Oitis criam um verdadeiro tapete verde, como nesta rua no bairro do Catete.
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