Participação na pesquisa

Convidamos a todos os interessados sobre o tema a participarem no blog enviando comentários sobre suas observações diárias ou eventuais, suas experiências com as árvores da cidade, deixando seu depoimento sobre preferências de espécies, fatos e momentos da vida ligados a esses elementos urbanos.

domingo, 28 de novembro de 2010

As Sapucais Imperiais


A sapucaia (Lecythis pisonis), bela árvore representante da flora brasileira, que emoldura o caminho para o palácio na Quinta da Boa Vista, se destaca nesta estação com sua bela floração violeta, em perfeito arranjo cromático com as folhas novas, que surgem em tons róseos.

O Parque, projetado por Auguste Glaziou, paisagista francês que veio para o Brasil em meados do século XIX, tem na aleia de sapucaias uma de suas mais apreciadas paisagens. O caminho ladeado por árvores foi solicitado a Glaziou pelo próprio Imperador D. Pedro II, contribuindo para a imponência do palácio (ao fundo na foto), tornando-se, assim, um símbolo do Império. Apesar de nativa - ocorre na Floresta Atlântica do Ceará ao Rio de Janeiro-, a Sapucaia não é vista com muita frequência na paisagem urbana carioca, o que é uma grande pena.


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A paineira vermelha se destaca mais uma vez neste ano brindando os dias invernais cariocas com sua impactante floração. Ela é uma árvore exótica (Bombax malabaricum), originária das Índias, onde é considerada sagrada, por ser a espécie sob a qual Buda nasceu. No Brasil, ela é mais uma introdução de Roberto Burle Marx, que dispôs, pela primeira vez em paisagismo, alguns grupos no Parque do Flamengo. As fotos são do mais belo conjunto que temos na cidade, situado
em frente ao MAM.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ipês em flor


As árvores repletas de buquês arroxeados já começaram a encantar a paisagem da cidade do Rio de Janeiro. São os ipês, que colorem a cidade com suas intensas florações invernais. São diversas espécies, em sua maioria, nativas, apreciadas pela população pela beleza dos exemplares, que perdem suas folhas na época da floração, intensificando, assim, a cor de suas copas.
Uma dessas espécies, a Tabebuia heptaphylla (alterada por recente revisão botânica para Handroanthus heptaphyllus), conhecida vulgarmente como ipê-roxo, é uma das mais belas árvores da flora brasileira, muito popular pela sua exuberante floração púrpura entre os meses de julho e setembro. Essa espécie apresenta 15 a 25 metros de altura, tronco roliço e casca acinzentada, e é a primeira a florescer, como outras espécies de ipês-roxo, sendo recomendada para a arborização de ruas, parques e praças. Sua madeira pesada e duríssima, com alta resistência é muito valorizada na construção civil.
No Rio de Janeiro, podemos encontrar ipês de diversas espécies no Parque do Flamengo, onde Roberto Burle Marx buscou, ao lado de espécies exóticas, valorizar diversos exemplares de árvores brasileiras, nesse que é um de seus mais notáveis projetos.
As fotos são de um belo exemplar de ipê-roxo, ainda jovem, que floresceu no início do mês de julho, localizado na Rua Voluntários da Pátria, bairro de Botafogo.
A Revista Veja Rio de 21 de julho de 2010, também falou sobre os Ipês-roxos e explicou o porque da floração ocorrer mais cedo este ano, para conferir a matéria clique aqui.


O Bom Dia São Paulo exibiu uma matéria dia 09/07/2010, sobre os ipês-roxos. A matéria está disponível no site do Bom Dia São Paulo na Globo.com. Para ver clique aqui.

Agora, fica nossa ansiedade pela floração dos ipês-amarelos, a partir dos meses de agosto e setembro.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Pau-ferro

O pau-ferro (Caesalpinia ferrea leiostachya) é uma das árvores nativas que mais se destaca na paisagem carioca. São muitos os exemplares remarcáveis e que poderiam figurar desta página. Selecionamos um conjunto representativo que se confunde com a história urbana: o do Boulevard 28 de Setembro, aberto em 1873, cujo traçado sofre influência do urbanismo francês do século XIX, com a tipologia de via com árvores alinhadas. Esse plantio foi inovador pela utilização de árvores nativas na arborização de vias, ainda pouco frequente na época.
Conjunto de paus-ferro no Boulevard 28 de Setembro.

O pau-ferro floresce entre os meses de novembro e fevereiro, mas o que realmente o destaca na paisagem não são suas pequenas flores amarelas, e sim seu tronco manchado em tons acinzentados, extremamente ornamental, em consequência da escamação de sua camada externa e o seu porte. Proveniente das florestas pluviais e encostas atlânticas, seu nome popular é devido à rigidez de sua madeira.

Detalhe do tronco do Pau-ferro




segunda-feira, 10 de maio de 2010

O belo espetáculo das Corifas no Parque do Flamengo



Alguns exemplares da Corypha umbraculifera, espécie de palmeira originária do sul da Índia e Sri Lanka, estão se despedindo da paisagem carioca.

As Corifas, que se destacam pela imponência de seu porte - podem chegar a 25m de altura -, foram dispostas em grupos pelo paisagista Burle Marx em seu projeto do Parque do Flamengo.
Antes desse precursor uso paisagístico da corifa, ela podia ser vista no Jardim Zoológico, onde foram plantadas em 1908, e no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Um dos aspectos que torna essa palmeira tão especial é o fato dela morrer após seu florescimento, o que geralmente ocorre entre 40 e 70 anos. Além disso, sua floração é exuberante: a haste floral se desenvolve verticalmente a partir do topo de sua copa, característica pouco comum entre as espécies de palmeiras, como uma grande plumagem de cor creme em sua maturação, gerando, em seguida, com a frutificação, milhares de sementes.

As 11 Corifas que iniciaram sua floração no ano passado no Parque do Flamengo são um show à parte na paisagem carioca e valem um passeio sob suas copas, cujas folhas, já secas, anunciam sua morte breve. Essas belas palmeiras têm emocionado a população carioca, gerando várias matérias, como a da coluna de Ancelmo Gois no jornal O Globo em outubro e a da revista VEJA de dezembro de 2009. Recentemente, a imprensa também divulgou o replantio com novas mudas da palmeira, já programado pela Fundação Parques e Jardins, para quando estas morrerem.
Conjunto de Corifas no Parque do Flamengo